top of page

FACE LESTE DO DEDO DE DEUS COM VARIANTE MARIA CEBOLA

A escalada do Dedo de Deus é sem dúvida o grande marco o montanhismo brasileiro e ainda é um desafio, principalmente para quem está começando no mundo da escalada e sonha em estar no cume dessa montanha.

 

Apesar da Teixeira ter sido primeira a via de escalada dessa montanha, a Face Leste do Dedo de Deus é via de escalada mais frequentada por escaladores que desejam fazer o seu cume. 

 

Para quem vai de carro a dica é estacionar no Paraíso da Plantas, uma espécie de centro comercial com lanchonete, restaurante e supermercado no lado direito da pista de subida, ainda na estrada, mas muito próximo de Teresópolis. Basta se orientar pelo telhado verde que é possível visualizar da estrada.

 

Com o carro estacionado no Paraíso das Plantas, basta descer pelo acostamento da estrada, passando por um estacionamento onde se localiza uma Santinha, e pouco mais abaixo está a entrada da trilha para o Dedo de Deus. Essa entrada é discreta, mas não é difícil de ser localizada.

 

A trilha até a base dos cabos de aço é forte e dura aproximadamente 45 minutos, mas esse tempo pode variar dependendo do ritmo de subida. A trilha termina na base dos cabos de aço, nesse momento é interessante colocar os equipamentos de escalada como a cadeirinha, corda, capacete e sapatilha. O início do trecho de cabo de aço é mais vertical e geralmente fica úmido, logo é preciso subir com atenção!

 

Após 100 metros de escalada em cabo de aço, a subida começa a alternar trechos de cabo de aço e trilha. Em dado momento vai aparecer uma bifurcação discreta, nessa hora é preciso seguir pela direita, em direção a face leste e ao polegar. Seguindo reto é o caminho para a via Teixeira, logo é preciso ter atenção para não errar e parar do outro lado da montanha.

Chegando no colo entre a Face Leste e o Polegar é preciso seguir pela esquerda até quando não houver mais possibilidade de caminhar. Nesse momento pode colocar os equipamentos de escalada novamente e tocar para cima.

Escaladas Clássicas

A primeira e segunda enfiadas não praticamente uma trepação, seguindo por lances fáceis, com alguns lances em calha, fendas e finalizando em uma rampa que dá acesso a base da Maria Cebola. A P2 é feita em uma árvore, que inclusive ajuda a entrar na terceira enfiada.

A terceira enfiada é a conhecida Variante Maria Cebola, um diedro que contorna essa face da montanha e segue até a primeira chaminé da via. Esse diedro é todo protegido por grampos, mas um jogo de friends pode ajudar no psicológico, principalmente na sua parte final. 

 

A quarta enfiada é dentro da grande chaminé, onde é possível ver um bloco entalado e logo acima um grampo. Seguindo mais um pouco pela chaminé é possível localizar o grampo da P4, que fica em um pequeno platô no lado de fora da chaminé e na beira do abismo, uma visão realmente impressionante! 

 

Na quinta enfiada a dica é ir até o fundo do corredor e seguir em chaminé até o topo de um bloco com um grampo a altura do peito, onde será preciso fazer um lance de domínio. Despois tem mais lance curto de chaminé e já possível ver a P5 que fica em um grande platô com uma espécie de caverna cheia de blocos de pedra.

 

A sexta enfiada é um lance também em chaminé, mas bem curtinho, que vai dar no platô de acesso ao cume. Nesse platô existe um grampo que pode ser utilizado com parada. Para acessar o cume basta subir pela escada!

 

A descida é pela Teixeira, logo é preciso descer a escada e depois seguir o caminho oposto da Face Leste, ou seja, virar para a direita para quem está olhando para a escada. No canto direito do platô é possível localizar os grampos da Teixeira, dai para baixo são três rapeis depois segue descendo, ora por trilha, ora por cabo de aço.

Dificuldade: 3 IIIsup E3 D4

Conquistadores: Almir Ulisséa, Antônio Taveira e Ulisses Braga

Ano da Conquista: 1944

bottom of page