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CHAMINÉ GALLOTTI - PÃO DE AÇÚCAR

A Chaminé Gallotti é uma via lendária do Rio de Janeiro, uma conquista de 1954, mas até hoje pode ser considerada um desafio aos escaladores. Ela é completa, com lances de chaminé, agarras, fendas e diedro. Como é relativamente longa e exposta, o escalador precisa estar com o preparo físico e o psicológico em dia.

 

Ela fica localizada na face sul do Pão de Açúcar, mais especificamente no Totem, sendo uma ótima opção para quem busca fugir do sol. Em caso de chuva, a Gallotti pode demorar um pouco para secar, principalmente no durante o inverno.. 

 

Para acessar a sua base é preciso entrar na Pista Claudio Coutinho, no canto esquerdo da Praia Vermelha. A entrada da trilha é discreta e fica praticamente no final da pista. Uma boa referência é uma lata de lixo e um bloco de pedra no canto esquerda da pista.  A entrada fica exatamente passando por cima desse bloco de pedra, seguindo para cima e passando por alguns boulders. Essa trilha segue por alguns blocos de pedra pequenos até chegar próximo da parede do Pão de Açúcar, onde é preciso seguir pela esquerda por um bosque relativamente aberto.

 

Obs: Seguindo pela direta fica a base da Alfredo Maciel e caminhando um pouco mais as vias Ás de Espadas e Coringa. Seguindo pela esquerda fica a trilha para o Totem.

 

A trilha nesse bosque é relativamente bem definida e segue sempre subindo em direção ao Totem, mantendo uma certa proximidade com a parede do Pão de Açúcar. No final dessa trilha vai ser possível identificar a base da Chaminé Gallotti.

 

A primeira enfiada é uma canaleta muito fácil e suja, passando por uma proteção fixa e depois segue até um platô de terra com uma árvore. A P1 pode ser feita nessa árvore.

 

A segunda enfiada segue por lances fáceis de agarras, passando por alguns blocos até um platô com uma parada dupla (P2).

 

A terceira enfiada segue por lances mais delicados em agarra, com dificuldade em torno do quinto grau, para depois entrar em um sistema de chaminé longo, passando entre alguns blocos entalados, até a uma parada dupla (P3)

 

A quarta enfiada começa com uma travessia para direita, saindo do sistema de chaminé e seguindo em agarras pela face da montanha, passando por alguns platôs até uma parada dupla (P4) 

 

A quinta enfiada é o lance do estribo, onde a proteção pode ser melhorada com proteções móveis nas fendas, um Camalot #.75 e o #3 podem ser utilizados nesse lance. Essa enfiada é muito curta e termina poucos metros acima em um platô com parada dupla (P5).

 

A sexta enfiada é longa, ela começa por uma um sistema de chaminé, depois é o famoso lance da oposição da meia-lua e na sequencia segue por um sistema de fendas até um platô na base da chaminé na Gia, onde é preciso fazer uma parada em móvel (P6).

 

A sétima enfiada é a temida chaminé da Gia, ela deve ser escalada de costas para o mar e começa fácil, mas depois fica estreita, o que pode dificultar um pouco. Essa enfiada pode ser finalizada em uma única chapeleta pingo na parte externa da parede, ou seguir direto para o cume. Caso a opção seja seguir direto para o cume é interessante usar costuras bem longas para evitar o arrasto da corda.

 

Depois basta fazer uma curta trilha até o cume do Pão de Açúcar, descer de bondinho até o Morro da Urca e por fim descer a trilha para a Pista Claudio Coutinho.

Grau de Dificuldade: 5º VIsup E3 D3 280 metros

Conquistadores: Laércio Martins, Antônio Oliveira, Patrick White, Tadeusz Hollup e Ricardo Menescal

Ano da Conquista: 1954

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